O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um novo decreto nesta quarta-feira (5), retomando uma política polêmica do seu primeiro mandato: a proibição de entrada de cidadãos de 12 países nos EUA. A medida entra em vigor na próxima segunda-feira.

Países com entrada totalmente proibida:
Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.
Países com restrições adicionais:
Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
Segundo Trump, o objetivo é “proteger a segurança nacional e os interesses do povo americano”. O presidente justificou a decisão com base no ataque ocorrido no domingo passado, no Colorado, quando um imigrante egípcio em situação irregular feriu várias pessoas durante um protesto.
Apesar disso, o Egito — país de origem do agressor — não está na lista de proibições, devido à sua importância estratégica para os EUA no Oriente Médio.
O decreto acusa alguns países, como Cuba e Venezuela, de não cooperarem com os EUA, dificultando o controle migratório e a emissão de documentos confiáveis. O texto afirma que esses países historicamente se recusam a aceitar de volta seus cidadãos deportados.
Essa nova política é resultado de um relatório exigido por Trump em janeiro, no qual foram avaliados países considerados hostis e os riscos de segurança associados à entrada de seus cidadãos.
O presidente comparou a decisão às medidas de seu primeiro mandato, que proibiram a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana. Na época, a medida foi alvo de protestos e disputas judiciais, mas acabou sendo validada pela Suprema Corte em 2018.
Trump finalizou dizendo que não permitirá que “os mesmos erros cometidos na Europa se repitam nos Estados Unidos” e reforçou a necessidade de controlar a entrada de estrangeiros com critérios de segurança rigorosos.
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