O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (11) que um novo acordo comercial com a China foi finalizado. Segundo ele, o país asiático se comprometeu a fornecer ímãs e minerais de terras raras aos EUA, enquanto o governo norte-americano permitirá que estudantes chineses continuem ingressando em universidades e faculdades americanas.

A declaração foi feita por meio da rede Truth Social, onde Trump destacou o equilíbrio nas tarifas comerciais:

“ESTAMOS RECEBENDO UM TOTAL DE 55% DE TARIFAS, A CHINA ESTÁ RECEBENDO 10%. A RELAÇÃO É EXCELENTE!”, escreveu o presidente, em letras maiúsculas, sem dar mais detalhes.

De acordo com Trump, o pacto ainda depende da aprovação final dele e do presidente chinês, Xi Jinping.

“ÍMÃS COMPLETOS E TODAS AS TERRAS RARAS NECESSÁRIAS SERÃO FORNECIDOS, ANTECIPADAMENTE, PELA CHINA. DA MESMA FORMA, FORNECEREMOS À CHINA O QUE FOI ACORDADO, INCLUINDO O USO POR ESTUDANTES CHINESES DE NOSSAS FACULDADES E UNIVERSIDADES (O QUE SEMPRE FOI BOM PARA MIM!)”, declarou.

Avanço após impasse comercial

O acordo surge após dias de negociações intensas em Londres, que contaram com a participação de autoridades dos dois países. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, informou que a nova estrutura visa retomar a trégua comercial e aliviar as tarifas bilaterais de retaliação, que em alguns casos ultrapassaram 100%.

Essa iniciativa representa um desdobramento do acordo preliminar firmado no mês passado em Genebra, que havia travado devido a restrições impostas pela China à exportação de minerais estratégicos — essenciais para setores como tecnologia e defesa.

Em resposta, o governo Trump havia adotado medidas de controle às exportações americanas, restringindo, por exemplo, o envio de software de design para chips, aviões e outros produtos de alto valor agregado para o mercado chinês.

Impacto global

As políticas tarifárias impulsionadas por Trump têm gerado repercussões significativas nos mercados internacionais, causando incertezas logísticas, aumento nos custos de produção e prejuízos bilionários para empresas dos dois lados.

Apesar do novo acordo ser visto como um alívio momentâneo nas tensões, analistas afirmam que ainda há poucos sinais de uma solução definitiva para as disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Fonte: Infomoney