Nesta quarta-feira, os Estados Unidos aumentaram de 25% para 50% as tarifas sobre a importação de aço e alumínio. A medida foi anunciada no mesmo dia em que o governo Trump pressiona parceiros comerciais a apresentarem suas “melhores ofertas” para evitar novas sanções, que podem entrar em vigor já no início de julho.
O aumento vale para todos os países, com exceção do Reino Unido, que fechou um acordo preliminar com os EUA e manterá a tarifa anterior de 25% até pelo menos 9 de julho.

Segundo Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca, o aumento é uma resposta à análise dos dados econômicos: “Percebemos que 25% foi um bom começo, mas precisamos de um impulso maior para fortalecer nossa indústria”.
O impacto será maior para países como Canadá e México. O Canadá, por exemplo, exporta mais alumínio para os EUA do que todos os outros principais parceiros juntos. Já o México, que compra mais aço dos EUA do que vende, considera a medida injusta.
Enquanto isso, autoridades americanas continuam negociando com diversos países. A Casa Branca busca acordos que evitem tarifas ainda mais altas sobre importações em geral, previstas para 8 de julho, quando termina a “pausa tarifária” de 90 dias anunciada em abril.
Esses acordos devem incluir propostas sobre cotas, redução de barreiras e tarifas para produtos americanos. Os países têm poucos dias para responder e indicar o que estariam dispostos a negociar.
Sem capacidade interna suficiente para suprir a demanda por aço e alumínio, os EUA ainda devem depender de importações — o que pode manter os preços elevados e afetar a demanda local.